PASSAGEM PARA A ÍNDIA
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Lembra-te que não há só homens certos nos lugares exactos nos momentos ideais
Lembra-te que não há só os funcionários perfeitos
Lembra-te dos que têm fome de poesia
Lembra-te dos insatisfeitos, dos revoltados, dos que têm sofreguidão de viver.
Lembra-te dos imperfeitos, dos inadaptados, dos marginais da marginalidade e da vida
Lembra-te dos que têm teto mas não têm poiso para a alma
Lembra-te dos sonhadores, dos homens livres e escravos
Lembra-te dos que passam pela vida como um meteorito
Lembra-te dos que ditam mágoas numa folha de papel
Lembra-te dos que querem tudo e nada são ou nada têm
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Lembra-te que não há só homens certos nos lugares exactos nos momentos ideais
Lembra-te que não há só os funcionários perfeitos
Lembra-te dos que têm fome de poesia
Lembra-te dos insatisfeitos, dos revoltados, dos que têm sofreguidão de viver.
Lembra-te dos imperfeitos, dos inadaptados, dos marginais da marginalidade e da vida
Lembra-te dos que têm teto mas não têm poiso para a alma
Lembra-te dos sonhadores, dos homens livres e escravos
Lembra-te dos que passam pela vida como um meteorito
Lembra-te dos que ditam mágoas numa folha de papel
Lembra-te dos que querem tudo e nada são ou nada têm
Lembra-te daqueles que não têm lógica e são o sal da vida
Deita flores às águas do Tejo que passam para a Índia e lembra-te de mim, ai lembra-te de mim, meu Amor
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31 de Janeiro de 1987 J.B.
Deita flores às águas do Tejo que passam para a Índia e lembra-te de mim, ai lembra-te de mim, meu Amor
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31 de Janeiro de 1987 J.B.
Cada vez me surpreendes mais, Jorge!
ResponderEliminarTens vários talentos e um deles é a poesia.
Poesia que, lamentavelmente, está a ser vítima da fome de editoras que colocam de lado a vertente cultural que as devia guiar, havendo a recusa de grande parte a publicar poesia.
E isso faz-me recordar um poema que está no Parque dos Poetas em Oeiras:
Nada mais inútil que um poema.
Que importa o que custou fazê-lo?
No mundo voraz das oscilações na bolsa
pouco valem os investimentos em beleza
a menos que rendam dividendos palpáveis.
E no entanto...
Nada mais urgente que um poema
para os que andam sós pelas avenidas universais
ou para os que andam sós mesmo que não o saibam!
(Walter Cabral de Moura)
Um abraço!