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sábado, 8 de junho de 2013

OPERAÇÃO CONTAGEM!

A folha da agenda, mesmo por baixo do monitor e do meu nariz indicava CONTAGEM LEITURA EDP.
Faz-se agora, faz daqui a bocado, acabei do “deixar de ver” a folha e me esquecer completamente!
São 22:45, já me preparo mais uma noite de sono quando os olhos poisam na agenda! “Gaita” tenho mesmo que ir ver e tirar a leitura do contador!
A electricidade está pela hora da morte, o dinheiro muito escasso e se não dou a leitura aplicam-me alguma estimava que me vai aos bolsos! E hoje é o dia indicado para dar a leitura!
Lá aviso a minha mulher da operação que vou ter de fazer e ela protesta pelo adiantado da hora!
Moro perto de um café e não é a hora mais indicado para ir fazer uma operação destas pois os “vapores” do álcool já atacaram muitos clientes!
Mas lá vou tentar ler os números do contador, mas como? Já de dia se lê mal agora de noite!
Lanterna? Há muitas por aqui mas todas avariadas! Tenho um candeeiro á gás mas nem me lembrei dele!
Ok tenta-se com a luz do telemóvel! Tenta-se mas não sé vê nada! A iluminação pública é insuficiente para ler aquilo mas suficiente para quebrar a fraca luz do telemóvel!
Regresso ao doce lar, a minha mulher continua a protestar!
Pode não haver lanterna mas há sempre extensões nesta casa!
Ok o mais rápido é pegar numa extensão e naquele candeeiro velho que esta “arrumado” no canto da mesa da cozinha!
Preparo tudo, ligo o candeeiro e preparo-me para fazer uma surtida relâmpago ao exterior para contar a “luz”.
São 23 horas. A minha mulher continua a protestar pelo inusitado da situação e pela, alegada, falta de segurança da mesma!
Ok ai vou eu de candeeiro na mão, aquilo é mesmo ao lado da porta.
Leio os números, uma duas, três vezes não me vá enganar.
Oiço um carro na rua (aqui são poucos e nesta hora só clientes para o café).
Vou dizendo para mim próprio a leitura do contador estilo cantilena para não me esquecer.
O carro começa a abrandar, trato de me enfiar rapidamente em casa, já estou na soleira da porta.
O carro para, antes de me enfiar em casa e fechar a porta, mas sempre repetindo a cantilena dos números, olho de solai-o. Caramba é a GNR!
-Amigo ficou sem luz (e eu levava um caneiro acesso numa mão!).
Não! Tenho de dar a leitura do contador hoje e esqueci-me, obrigado.
(como é difícil falar com a GNR e repetir mentalmente a cantilena dos números).
A minha mulher já se tinha levantado da televisão para ver com quem é que eu estava a falar e me acudir!
Digo-lhe: Era a GNR e disparo pela sala fora a repetir os números em voz alta direito a um papel e uma caneta salvadores.
Consegui!
Nenhum bêbado se meteu comigo, não fui preso, não me esquecia da leitura do contador e dei a mesma dentro do prazo!

Ufaaaaaaaaaaaaaaa.

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